autoestima

No dia em que decidi raspar meu cabelo, eu acordei e pensei:

“Hoje é o dia. Hoje eu vou raspar o meu cabelo. É parte do meu processo de cura.”

O médico já tinha me avisado: “Em duas semanas, o cabelo começa a cair.”
Então, comecei a me preparar emocionalmente — e fiz o mesmo com as minhas filhas.
Não foi nada fácil, mas eu falei pra elas:

“Olha, mamãe tá muito feliz porque o remédio tá fazendo efeito. E por isso o cabelo vai começar a cair.”

Lembro que a minha mais velha disse:  “Mas eu não quero uma mamãe careca.” Nossa, ouvir isso cortou meu coração. Mas eu entendi, respeitei, e no dia seguinte a gente conversava mais um pouquinho… Até que elas foram se familiarizando com a ideia.

No dia que resolvi raspar, chamei meu marido, minhas filhas e meus pais.
Dei uma tesourinha de criança pra cada uma e falei:

“Agora finge que a mamãe é uma boneca.”

E elas entraram na brincadeira!
Quando terminei, já careconaaa, ouvi delas:

“Mamãe… você tá horrível!” E a gente caiu na risada!😂

Eu tinha me preparado mesmo: comprei lenços, chapéus, turbantes… Mas quando me vi carecona no espelho, confesso: me achei beeeem bonita. 

Não foi fácil.
Mas é possível passar pelos desafios da vida de forma mais leve.
E é assim que eu tento viver. 

Um abraço beeeeeem apertado,

Mari Anjo Rosa ❤️